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José Francisco da Silva Filho | 65 años / Brasil

– Qual seu tipo de câncer ?
Câncer na Próstata.
– Como foi que você descobriu que estava com câncer?
Em julho de 2013, fui submentido a uma RTU de próstata e em agosto recebi o resultado da
Biópsia com o diagnóstico de Neoplasia Maligna de Próstata Gleason 9(4+5).
– Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu?
Fiquei pensativo, muito triste. Mas logo recuperei
– Qual foi a sua maior preocupação neste momento?
Pensei na minha família, como fazer para me recuperar.
-O que aconteceu depois disso?
Passei para minha família a notícia e não escondi de ninguém, fiz questão que todos participassem. Depois, como católico fiz minha entrega a Deus, a Jesus e a Maria Santíssima e não me preocupei com mais nada, a espiritualidade é de suma importância nos faz crescer, nos fortifica.
– Você já começou o tratamento?
Sim. Após o diagnóstico fui encaminhado para o ICESP (INSTITUTO DO CANCER DO ESTADO DE SÃO PAULO), minha primeira consulta foi em Set 2013, fui bem atendido, conversei bastante com o médico e o retorno foi marcado para de dezembro; Após todos os exames realizados tivemos a confirmação da gravidade da doença: tumor agressivo, antigo, com aproximadamente seis anos e enraizado fora da próstata, já muito avançado. Nesta consulta ficou determinado o procedimento cirúrgico, prostatectomia radical, cirurgia aberta agendada para fevereiro 2014. O resultado do Exame Anatomopatológico do material retirado na cirurgia, foi constatado que 95% da próstata estava comprometida e 24 linfonodos retirados, 17 estavam comprometidos com metástase assim como vesículas seminal direita e esquerda e etc. Em função de todas essas complicações fiquei internado na UTI do ICESP, por seis dias. Após alta fui continuar a recuperação em casa.
– Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?
No retorno, em Mar 2014, iniciei o tratamento com comprimidos de bicalutamida 50mg, e zoladex 10,8 e sequência a cada 03 meses, sem definição para terminar; em agosto iniciei aplicações de radioterapia, 33 aplicações, não fiz quimioterapia.
Meu maior problema foi durante os três primeiros meses de recuperação da cirurgia. Foi muito dolorida, não conseguia ficar sentado, andava poucos metros, comia em pé e rápido pois logo tinha que deitar, e esta era a única posição que amenizava as dores, Dipirona e Tramal eram minhas companhias também tomei varias vezes sulfato de mofina 10mg para amenizar as dores.Só em junho de 2014 comecei a sentir melhoras, a andar mais e sentar um pouco melhor.
– Você teve efeitos colaterais? Qual o pior?
Tive, próximo do final e após a radioterapia, que segundo informação é normal sentir queimação na uretra e bexiga. O que achei complicado é a dieta durante a radioterapia, outros incômodos sem muita complicação.
No tratamento hormonioterapia com zoladex, ai sim não sinto gosto de comida, tenho queda de pressão, sempre, sinto um cansaço muito grande, aumento de peso e vez em quando ondas de calor terrível.
– Como foi a relação com o seu médico?
Razoável, acho que foi normal.
– Com que outro profissional você se relacionou?
Logo após o diagnóstico, fiz uma consulta com um Urologista amigo nosso, foi a segunda vez que fui submentido a um exame de toque retal. Nesta consulta fiquei sabendo com antecedência tudo que iria ouvir dos médicos após os exames laboratoriais. Então constatei a importância do exame de toque na prevenção do câncer de próstata, isto porque durante os dez anos de consultas, sempre com o mesmo médico na mesma Clínica, foi sempre a mesma rotina, solicitava exames de sangue para verificar o PSA e Ultrassonografia o tamanho da próstata, sempre dizia que estava tudo normal, jamais fez exame de toque.
– Você fez acompanhamento psicológico?
Sim. Reuniram um grupo pequeno de pacientes e explicaram sobre o procedimento pré e pós operatório e suas consequências, assim como no início do tratamento de radioterapia.
– E com nutricionista?
Também, antes do início do tratamento radioterápico.
– Você está em tratamento ou já finalizou?
Continuo em tratamento de hormonioterapia, tenho retorno em janeiro 2015 com o Urologista e em março com o médico da radioterapia.
– Como está a sua vida hoje?
Além da recuperação do tratamento, convivo com uma incontinência urinária muito grande que me priva de várias coisas, trabalhar, passear, convívio social e também com a impotência consequência d a cirurgia alem do tratamento hormonioterapia com aplicação do Zoladex .
– Conte-nos sobre seu trabalho e planos para o futuro.
Hoje com 65 anos faço alguns trabalhos em casa, e recebo auxilio doença do INSS. Quanto aos planos para o futuro, não tenho muita pretensão, quero viver em condições digna, poder recuperar um pouco mais da saúde, tratar desta incontinência urinária que é que mais me incomoda e tocar em frente até cumprir minha missão, que ainda falta muito assim espero, viver o máximo que poder e aguardar o chamado de Deus.
– Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje?
Convivi muito tempo com um Padre que me dizia para usar sempre o bom senso e não se desesperar, ter muita calma, confiar primeiro em Deus, acrescento para essas pessoas para acreditar também na medicina que hoje sabemos que está muito avançada, acreditar e nunca desanimar, não perder o bom humor, não deixar a depressão passar por perto, ela tem que ficar bem longe. Procurar informação sobre a doença é de grande importância para o tratamento, conversar com o médico e cumprir rigorosamente tudo que ele orientar. “ Agradecer a Deus, sempre”.
– Qual a importância da informação durante o tratamento de um câncer?
Sabemos que estar com um câncer não é estar com uma gripe, por isso ter o conhecimento da origem do tumor suas complicações e quais os meios de tratamento, isso vai nos trazer um certo conforto e um aumento na coragem para enfrentá-lo. Precisamos que saber conversar com o médico qual o melhor tipo de tratamento.
– Você buscou se informar? De que maneira?
Sim, busquei na internet nos sites especializados, encontrei alguns, mas me orientei no site do ICESP e no Portal Oncoguia, os dois me passaram muita informação e muita confiança.
Para finalizar quero agradecer ao ICESP, aos médicos, enfermeiros (as), técnicos (as) em enfermagem enfim a todos que direta ou indiretamente contribuíram e contribuem para a minha recuperação e de todos os pacientes, e também ao Instituto Oncoguia, pelas orientações e ensinamentos através deles me enchi de conhecimento e me fortaleci para enfrentar, todos os incômodos, sequelas e dores que a doença nos traz. Obrigado a todos e Obrigado DEUS Onipotente.

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